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ENERGIA DE RESERVA PODERÁ TER "LEILÃO DE DESCONTRATAÇÃO"
O certame contemplará empreendedores que enfrentam dificuldade de execução dispostos a oferecer o maior pagamento pela desistência
12-01-2017
Valor - Após cancelar o 2º Leilão de Energia de Reserva (LER) de 2016, o governo decidiu buscar soluções para descontratar volumes de energia nesta modalidade cujos empreendimentos ainda não entraram em operação comercial. O assunto foi tratado em reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE),
O cancelamento do certame, às vésperas de sua realização, gerou queixas dos segmentos de geração de fontes eólica e solar. Desde então, fornecedores ameaçam deixar o país frente a previsão de queda drástica da demanda por turbinas e equipamentos.
Na ocasião, o governo justificou a decisão ao prever para os próximos anos um aumento da sobrecontratação de energia no sistema, em parte explicada pela queda no consumo em momento de desaquecimento da economia. Mesmo sem consumir, o consumidor teria que arcar com o energia excedente com um encargo específico repassado pelas contas de luz.
De acordo com o CMSE, a proposta de realizar descontratar a energia de reserva partiu da secretaria-executiva do Ministério de Minas e Energia. Os estudos preliminares indicam a necessidade de realizar um "leilão de descontratação" para envolve a participação de empreendimentos ainda em fase de implementação. O certame contemplaria o empreendedor disposto a oferecer o maior pagamento pela saída da modalidade.
O governo avalia que a medida, além de reduzir o custo para o consumidor com desequilíbrio entre oferta e demanda de energia, deve atrair projetos que enfrentam dificuldade de execução e com chances reduzidas de sair do papel.
Por Rafael Bitencourt