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ÊNIO FONSECA, DO FMASE: A DIVERSIDADE ENERGÉTICA É BOA

O uso de todas as fontes deveria ser incentivado, conciliando o interesse de geração de renda, modicidade tarifária, segurança energética e preservação ambiental
17-11-2016

CanaEnergia - Artigos e entrevistas - 16/11/2016 - Estamos assistindo a uma polêmica sobre o programa de modernização de antigas usinas térmicas a carvão, aprovado recentemente pelo poder legislativo federal, e que corre o risco de ver o poder executivo vetar o artigo 20 da MP 735, que altera regras do setor elétrico. Polêmica que está baseada em meias verdades, que levam ao público a formar uma consciência equivocada sobre o tema.

A geração de energia elétrica é um forte indutor de geração de riqueza e renda e temos, em nosso País, todas as fontes disponíveis para atender à demanda crescente de energia elétrica. Feliz a nação que pode contar com fontes hidráulicas, eólicas, solar, gás, petróleo, nuclear e também carvão. O uso de todas as fontes deveria ser incentivado, conciliando o interesse de geração de renda, modicidade tarifária, segurança energética e preservação ambiental.

Uma matriz energética equilibrada deve ser buscada para o bem da sociedade brasileira. Um país que é considerado em desenvolvimento e que precisa atender às demandas básicas de saúde, educação, saneamento, segurança, etc.

Os recursos energéticos do carvão mineral, patrimônio público, operado por uma indústria que gera emprego e renda de forma intensiva, usados de forma sustentável, tem muito a contribuir para o crescimento de nosso país, juntamente com as demais fontes de geração de energia. O programa de modernização busca reduzir as emissões com o uso de equipamentos modernos, mais eficientes, em substituição aos das antigas usinas ao mesmo tempo em que mantém a segurança energética e a indústria de carvão, gerando renda e desenvolvimento ao sul do Brasil.

O Fórum de Meio Ambiente do Setor Elétrico apoia a proposta apresentada pelo setor carbonífero nacional ao Projeto de Lei, e que está alinhada com o estabelecido pela Política Nacional de Mudanças Climáticas, visando a mitigação de emissão de gases de efeito estufa. Essa proposta visa, em primeiro plano, à modernização do parque instalado, à implantação de projetos que contemplem o uso de carvão com biomassa e a criação de inteligência e projetos de P&D para a captura e armazenamento e utilização de carbono – CCUS. Vale salientar que o CCUS atende a indústria do gás, cimento, siderurgia e pode servir a indústria de biomassa, tornando o Brasil líder na tecnologia de emissões negativas.

O que devemos buscar é um mundo de baixo carbono, e não a discriminação de fontes que podem, com tecnologia, ser de baixo carbono. A dicotomia entre fósseis e renováveis não tem sentido, pois são complementares. Vejam o que acontece no Nordeste brasileiro, onde a seca não permite que as usinas hidráulicas compensem a intermitência das eólicas e para dar a segurança energética temos 1.440 MW de térmicas operando na base. Cabe salientar o exemplo do desenvolvido Japão, com geração de 50 GW de carvão, que vem investido em eficiência energética e renováveis e continua fazendo usinas a carvão, com cada vez mais eficientes e com menos CO2/KWh gerado, tendo uma matriz energética equilibrada.

Nosso país precisa de todas as fontes de geração de energia existentes incluindo as sustentáveis, na busca do equilíbrio e a equidade em nossa Sociedade.

Ênio Fonseca é presidente do Fórum de Meio Ambiente do Setor Elétrico (FMASE)




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Última Atualização em 8 de Abril de 2015